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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

SENZALAS E QUILOMBOS

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Como sempre falo a ideia deste blog é abrasileirar mais a mim e a outros brasileiros e antes de eu escrever sobre uma senzala ou um quilombo específico eu preciso dar uma breve explanação o que foram as Senzalas e o que foram os Quilombos. Então, vamos ao que interessa. " Senzala " se originou do termo quimbundo sanzala através de dissimilação. A origem do termo é africana, valendo o mesmo que "morada", "habitação". É termo conhecido desde a segunda metade do século XVI. As senzalas eram grandes alojamentos que se destinavam à moradia dos escravos nos engenhos e fazendas do Brasil colônia e do Império do Brasil entre os séculos XVI e XIX. Era o que Joaquim Nabuco dizia ser "o grande pombal negro". Sempre, em sua frente, havia um grande tronco com uma corda para enforcar e surrar escravos, chamado de pelourinho. Como os escravos eram considerados pelos seus senhores como amaldiçoados por Deus e seres sem alma, os donos de fazenda achav

LAMPIÃO, MARIA BONITA E 7 FATOS SOBRE O CANGAÇO

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Sendo este um blog que visa abrasileirar e quer contar a história do Brasil de todos os angulos, esquecer desta parte é um crime contra a Cultura Nacional e por isso neste texto eu detalho, especialmente, a vida de duas figuras de um Brasil quase mitológico pelas particularidades e que fazem parte da história que se manteve oculta por muitos séculos onde o Estado só comparecia para cobrar tributos e a escassez estava sempre presente (para efeito de conhecimento estou falando das  últimas décadas do século XIX e não de 2018, entendido?). Cidades e minúsculos distritos controlados por figuras que muito bem se assemelhariam a senhores feudais, os coronéis, como eram conhecidos, eram autoridade máxima. Autoridade quase sempre incompatível com as péssimas condições de vida do sertão nordestino e foi nesse mesmo contexto que surgiu o Cangaço, um banditismo digno dos clássicos filmes de faroeste, onde criminosos itinerantes driblavam a lei atravessando fronteiras estaduais. Sempre acompanh

MACULELE

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Maculelê é uma manifestação cultural oriunda cidade de Santo Amaro da Purificação – Bahia. É, atualmente, uma expressão teatral que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo. É um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. Em sua origem, o maculelê foi uma arte marcial armada, que nos dias de hoje se preserva na simulação de uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música em línguas africanas, indígenas e portuguesa. Em um grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um bonito efeito visual pelas faíscas que saem a cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo. Popó do Macul

MARACATU

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Maracatu é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso com origem no estado brasileiro de Pernambuco. Conforme o "baque" ou batida, existem dois tipos:  Baque Virado (Maracatu Nação):  Bastante comum na área metropolitana do Recife, é o mais antigo ritmo afro-brasileiro;  Baque Solto (Maracatu Rural):  Característico da cidade de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco). O Maracatu é caracterizado pelo uso predominante de instrumentos de percussão de origem africana. Com ritmo intenso e frenético, teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.  Na percussão chama-se a atenção os grandes tambores, chamados alfaias que são tocados com talabartes (baquetas especiais para o instrumento). Estes dão o ritmo ou o baque da música e são acompanhados pelos caixas ou taróis, ganzás e um gonguê ou agogô.  Há poucos anos houve um movimento de reação sócio-cultural em Recife que fundiu o ritmo maraca