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JONGO

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O jongo, também conhecido cojjumo caxambu e corimá, é uma dança brasileira de origem africana que é praticada ao som de tambores, como o caxambu. É essencialmente rural. Faz parte da cultura afro-brasileira. Influiu poderosamente na formação do samba carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo. Segundo os jongueiros, o jongo é o "avô" do samba. A palavra "jongo" é vinda do termo quimbundo jihungu. Inserindo no âmbito das chamadas danças de umbigada (sendo, portanto, aparentado com o semba ou masemba de Angola), o jongo foi trazido para o Brasil por negros bantos, sequestrados para serem vendidos como escravos nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, região compreendida hoje por boa parte do território da República de Angola.  Composto por música e dança características, animadas por poetas que se desafiam por meio da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos, o jongo tem, provavelmente, como uma de suas or

MESTRE CAMISA - A CAPOEIRA TAMBÉM ILUMINADA

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No ultimo texto aqui no blog falei sobre um filme que conta a historia do Mestre Bimba, um dos nomes mais importantes para a capoeira mundial ( se não leu ainda CLIQUE AQUI ). Contudo, hoje no período capoeirístico pós-Mestre Bimba existe outro nome também muito importante para a capoeira mundial e para a sociedade em geral. Uma lenda viva que mudou, profissionalizou e instituiu a capoeira como meio de vidas para muitos inclusive para mim partindo do princípio de socializar com a capoeira. Falo de José Tadeu Carneiro Cardoso, conhecido como Mestre Camisa (Jacobina, 1955 um mestre de capoeira brasileiro reconhecido pelos quatro cantos do mundo, ainda sem um documentário disponível para assistir como o de Mestre Bimba, porém contando comdiversas entrevistas excelentes onde Mestre Camisa conta mais sobre sua trajetória de vida diferente de Mestre Bimba que não teve naquela época a mesma oportunidade. Para assistir a mais recente (hoje 18/01/2018) CLIQUE AQUI para assistir. Jo

CARNAVAL

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O ritmo trazido pelos escravos desembarcou na Pedra do Sal para dali contaminar a cidade inteira até transformá-la na capital do samba. Da música vieram o ritmo e a festa que se consolidou como a mais importante no Brasil, uma das maiores do mundo. O Rio de Janeiro sem o carnaval do blocos, dos bailes e desfiles de fantasias, das escolas das ruas tomadas pela overdose de alegria que mistura ricos e pobres, homens e mulheres, moradores e visitantes. A festa que explica a cidade é também cultura popular e desde a sua origem produz reis, rainhas e emblemas consagrados na paixão do povo. Muito antes de existir a passarela do samba que abriga hoje o milionário carnaval contemporâneo, o Rio de Janeiro salpicou carnaval por todo lado, em especial no Centro da cidade, transformando a Avenida Rio Branco na matriz da folia. Por lá passaram homens vestidos de mulher, grupos de frevo, ranchos, sociedades, blocos, escolas. Ali ao lado, o vestioso Theatro Municipal travestiu-se para o baile de

MESTRE BIMBA - CAPOEIRA ILUMINDA

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Mestre Bimba, a Capoeira Iluminada é o nome de um filme documentário de longa-metragem que conta a história de Manoel dos Reis Machado também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de novembro de 1900 – Goiânia, 5 de fevereiro de 1974), criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional. Mestre Bimba ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música. Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um exímio lutador e acima de tudo um grande educador, foi o responsável por tirar a capoeira da marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam "capoeiristas", pois, para eles, a capoeira é um estilo de vida – ser, pensar, agir como a arte da capoeira. No

SENZALAS E QUILOMBOS

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Como sempre falo a ideia deste blog é abrasileirar mais a mim e a outros brasileiros e antes de eu escrever sobre uma senzala ou um quilombo específico eu preciso dar uma breve explanação o que foram as Senzalas e o que foram os Quilombos. Então, vamos ao que interessa. " Senzala " se originou do termo quimbundo sanzala através de dissimilação. A origem do termo é africana, valendo o mesmo que "morada", "habitação". É termo conhecido desde a segunda metade do século XVI. As senzalas eram grandes alojamentos que se destinavam à moradia dos escravos nos engenhos e fazendas do Brasil colônia e do Império do Brasil entre os séculos XVI e XIX. Era o que Joaquim Nabuco dizia ser "o grande pombal negro". Sempre, em sua frente, havia um grande tronco com uma corda para enforcar e surrar escravos, chamado de pelourinho. Como os escravos eram considerados pelos seus senhores como amaldiçoados por Deus e seres sem alma, os donos de fazenda achav

LAMPIÃO, MARIA BONITA E 7 FATOS SOBRE O CANGAÇO

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Sendo este um blog que visa abrasileirar e quer contar a história do Brasil de todos os angulos, esquecer desta parte é um crime contra a Cultura Nacional e por isso neste texto eu detalho, especialmente, a vida de duas figuras de um Brasil quase mitológico pelas particularidades e que fazem parte da história que se manteve oculta por muitos séculos onde o Estado só comparecia para cobrar tributos e a escassez estava sempre presente (para efeito de conhecimento estou falando das  últimas décadas do século XIX e não de 2018, entendido?). Cidades e minúsculos distritos controlados por figuras que muito bem se assemelhariam a senhores feudais, os coronéis, como eram conhecidos, eram autoridade máxima. Autoridade quase sempre incompatível com as péssimas condições de vida do sertão nordestino e foi nesse mesmo contexto que surgiu o Cangaço, um banditismo digno dos clássicos filmes de faroeste, onde criminosos itinerantes driblavam a lei atravessando fronteiras estaduais. Sempre acompanh

MACULELE

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Maculelê é uma manifestação cultural oriunda cidade de Santo Amaro da Purificação – Bahia. É, atualmente, uma expressão teatral que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo. É um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. Em sua origem, o maculelê foi uma arte marcial armada, que nos dias de hoje se preserva na simulação de uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música em línguas africanas, indígenas e portuguesa. Em um grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um bonito efeito visual pelas faíscas que saem a cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras, como a capoeira e o frevo. Popó do Macul

MARACATU

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Maracatu é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso com origem no estado brasileiro de Pernambuco. Conforme o "baque" ou batida, existem dois tipos:  Baque Virado (Maracatu Nação):  Bastante comum na área metropolitana do Recife, é o mais antigo ritmo afro-brasileiro;  Baque Solto (Maracatu Rural):  Característico da cidade de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco). O Maracatu é caracterizado pelo uso predominante de instrumentos de percussão de origem africana. Com ritmo intenso e frenético, teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.  Na percussão chama-se a atenção os grandes tambores, chamados alfaias que são tocados com talabartes (baquetas especiais para o instrumento). Estes dão o ritmo ou o baque da música e são acompanhados pelos caixas ou taróis, ganzás e um gonguê ou agogô.  Há poucos anos houve um movimento de reação sócio-cultural em Recife que fundiu o ritmo maraca

A história da música no Brasil

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A música do Brasil se formou a partir da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos por colonizadores portugueses, escravos e pelos nativos que habitavam o chamado Novo Mundo. Outras influências foram se somando ao longo da história, estabelecendo uma enorme variedade de estilos musicais. Na época do descobrimento do Brasil, os portugueses se espantaram com a maneira de vestir dos nativos e a maneira como eles faziam música. O maracá era um instrumento muito apreciado pelos índios tupis da costa do Brasil, e os índios costumavam dançar em círculos cantando e batendo os pés. Um dos cantos dos tupis era dedicado a uma ave amarela, uma espécie de arara, que eles chamavam “Canide ioune” (ave amarela na língua tupi). A música brasileira mistura elementos de várias culturas, principalmente as chamadas culturas formadoras, que eram a dos colonizadores portugueses (europeia), a dos nativos (indígena) e a dos escravos (africana). É difícil dizer com cer

A PORTA BANDEIRA E O MELHOR CAPOEIRA

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Porta-bandeira ou porta-estandarte designa o cargo, tarefa ou incumbência de alguém que tem a tarefa de levar uma bandeira que represente um Estado, um território ou uma unidade ou organização militar ou civil, sendo tal considerado normalmente uma honraria, porque se age como representante do país ou organização que a bandeira está a simbolizar. Até à Primeira Guerra Mundial usava-se um porta-estandarte da unidade militar em batalha. A bandeira era usada como referência para os soldados da unidade. A bandeira não caía em mãos inimigas pois tal era considerado um desprestígio e sinal de derrota em batalha, sendo protegida a todo o custo. Hoje apenas há porta-bandeiras em contextos cerimoniais, como num desfile de carnaval por exemplo. A porta-bandeira como conhecemos hoje no Rio de Janeiro, surgiu nos Ranchos, associações que desfilavam ou faziam cortejo de carnaval com influências vindas de dança e divertimentos derivados da cultura africana, como Congos e Cucumbis, divertiment